quinta-feira, 13 de junho de 2013

Computação na nuvem é próxima tendência no Brasil

As cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo têm vivido dias de obras. Mas, muito além das estruturas de concreto e das mudanças viárias, outro legado trazido pelos grandes eventros esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos vai impactar a educação do país: o desenvolvimento das telecomunicações. E, com ele, a computação na nuvem. É o que defende Larry Johnson, CEO do New Media Consortium, entidade que reúne especialistas em edtech (tecnologias na educação), e fundador do Horizon Report, relatório internacional sobre tecnologias emergentes que, desde 2012, passou a ter uma edição específica para o Brasil. “Nos próximos cinco anos, vocês terão a oportunidade de viver uma extraordinária virada nas TICs por causa dos investimentos em comunicação que estão sendo feitos”, afirma o executivo. 
Com todo esse esforço infraestrutural que vem sendo empregado na melhoria das redes de comunicação, afirma Johnson, o Brasil deve se tornar, em breve, um provedor internacional de computação na nuvem. “Essa é uma tendência que já está chegando e, na educação, vai fazer com que as pessoas tenham de começar a pensar em políticas públicas sobre a segurança dos dados dos alunos”, diz o especialista. Para ele, o país terá de avançar nas discussões sobre onde os dados dos alunos estão fisicamente e que tipo de segurança será necessário garantir. 
 O New Media Consortium existe desde a década de 1990, mas foi com seus relatórios que predizem o futuro da educação que a entidade se tornou mais conhecida no início dos anos 2000. Anualmente, os especialistas preparam uma série de relatórios, mas os mais esperados são os que trazem as perspectivas de edtech para a educação básica e para o ensino superior. Mais recentemente, a instituição passou a fazer análises detalhadas de algumas regiões, como Austrália e Singapura. Desde o ano passado, o NMC começou a produzir um documento específico para o Brasil. 

 “Talvez o Brasil seja o país do mundo onde as tecnologias móveis são mais fortes” 

 “O Brasil é um país importante”, responde Johnson, quando perguntado por que o New Nedia Consortium decidiu começar a fazer relatórios específicos para o país. “Vocês são um laboratório onde os grandes desafios que a educação do mundo enfrenta hoje deverão ser resolvidos muito em breve”, ressaltando o fato de haver no país uma intensa diversidade étnica e cultural – das línguas indígenas coexistindo com o português até megacidades que não deixam nada a dever a megalópoles internacionais. “O mundo está muito interessado em ver o que está acontencendo aqui”, afirmou Johnson, que visitava o Brasil para uma série de encontros sobre tendências na educação promovidos pela HP.

 Na primeira edição brasileira, divulgada no fim do ano passado, os especialistas do NMC apontavam as tecnologias que deveriam se tornar populares na educação em três diferentes espaços de tempo: em um ano ou menos, entre dois e três anos, e entre quatro e cinco. Apesar de a computação na nuvem, apontada por Johnson como a próxima grande novidade no campo da educação, não estar presente na lista em nenhum desses intervalos, duas das quatro ferramentas identificadas para o curtíssimo prazo já indicavam que o cloud computing poderia se tornar importante: celulares e tablets. “Talvez o Brasil seja o país do mundo onde as tecnologias móveis são mais fortes”, diz ele.
 Para fazer a versão brasileira, o NMC reuniu sua equipe de pesquisadores com especialistas brasileiros que, por meses, analisaram artigos, estudos de caso e publicações na mídia sobre as tecnologias emergentes e os desafios enfrentados pelo país. O grupo trabalhou virtualmente e concluiu o relatório em setembro passado. Em novembro, o sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) lançou a versão em português. Confira infográfico feito pelo Porvir na época do lançamento. Mais um relatório está previsto para este ano – possivelmente já com a computação em nuvem marcando presença na lista de tendências.

Exemplos de computação em nuvem

Temos hoje diversas vantagens em migrar para nuvem. Para ilustrar, vamos ao seguinte cenário: imagine prover a infraestrutura para uma loja virtual de uma grande marca, que tem em 10 meses do ano uma média de acesso previsível, basicamente estável, porém em 2 meses ela lança uma campanha de marketing, e os acessos chegam a 10 vezes acima da média normal; como prover infraestrutura para isso? Se você tem data center na sua empresa, tem que ter recursos computacionais suficientes para atender aos picos dessa promoção, o que vai deixar os outros 10 meses do ano com uma ociosidade de recurso computacional enorme, um verdadeiro desperdício de dinheiro em equipamento, espaço, energia elétrica, nobreak, e por aí vai… lembrando que estamos falando somente de variações previsíveis – não contamos os picos sazonais. Na nuvem, prover infraestrutura para esse exemplo é extremamente simples, você pode usar o mínimo que vá atender a suas necessidades computacionais e escalonar tanto de forma automática ou agendada seus recursos de forma a prover as necessidades previstas ou sazonais.
Os gráficos abaixo ajudam a ilustrar e entender melhor essa ideia.

Modelo tradicional de provisionamento de recursos
Porém com esse modelo podemos ter as seguintes situações:
imagem 3
Problemas do modelo tradicional
Já na computação em nuvem, podemos facilmente escalonar para atender sob demanda as necessidades computacionais.
imagem 4
Escalonamento de recursos em nuvem
Como podemos perceber, a nuvem nos traz grandes vantagens, tanto econômicas, quanto para planejamento de negócio.
“Mas isso é muita novidade para mim, nunca vou poder ter isso, isso deve ser muito complicado, até eu aprender isso tudo já fiquei para trás, e vou ter que gastar uma grana com um bom consultor”.
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